segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Pombo do Amor

Uma rua que desce, uma rua que sobe. João sentado na calçada, Maria cantando em sua janela, ambos vendo o pombo branco voar.
Anoitece.
João sobe a rua e entra em sua casa. Maria fecha sua janela e vai cozinhar. João e Maria não se conhecem, embora morem solitários na mesma rua, ele insiste em subir e ela em descer. Nunca se encontraram, a não ser no pombo que reflete em seu olhar a imagem de um ao outro.
Chove.
João não sobe a rua que Maria teima em descer. Maria não abre a janela, a janela quem flerta com o pombo e toca na calçada onde João estaria sentado. O pombo molhado, molhado da chuva, da esperança de um amor.
Amanhece.
Maria sai de sua casa para ir ao mercado. Ela prepara um grande bolo de macaxeira para alguém que nem ela imagina. João não vai à calçada, mas, toma banho e resolve descer a rua. Ele não vai até o fim, para em frente a casa onde está o pombo branco pousado na janela.
Acontece.
Então, ele toma a liberdade de bater na porta. Antes da segunda batida, Maria abre a porta. Numa troca de olhar inigualável, eles não trocam uma palavra e entregam-se a uma beijo demorado, beijo prometido pelo pombo, o pombo do amor.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Domingo: Meu Não-Amigo

O levantar de um dia esperançoso, um dia onde famílias se entregam aos parques e piqueniques, homens engravatados desgrudam de suas obrigações e mulheres se entregam mais ainda ao seu lar.
Pode-se resumir o domingo como um dia da semana para descansar, relaxar, divertir-se e estar junto de pessoas queridas. Esse dia, aparentemente inútil, torna-se útil na singularidade do sentimento e do aproveitamento de cada um.
Pois bem, esse domingo descrito acima é o melhor amigo de quase todos, várias pessoas almejam pela sua chegada, para ficar perto de quem ama, ir ao cinema com o namorado, jogar bola com os amigos, sentar à beira da rua com uma cerveja e um cigarro que eterniza a fumaça que traz alguém que não está.
Domingo esse que não parece ser tão meu amigo assim. Domingo de ausência, domingo preguiçoso, domingo ocioso, domingo ansioso pela semana, domingo solitário, domingo que me separa das pessoas que eu amo. Domingo, meu não-amigo!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

My Own

Saturday afternoon, a cold heat, a disturbing peace in my heart.
Where is everything? My dreams? My plans? My wishes? Things that I really want?
Where did they go for?
Myself who frustrated them.
But today, in this insane afternoon, my new "I" wants back all of thins that was lost, every plans, every dreams, everything what was rejected by myself in a frustrating past.
However, I had been waking up with the pleas from my dreams that want to leave my head and be real.
Perhaps I did not know who I was. I was being me, but I did not feel being myself.
Therefore, these ideas that was suffocated by the shade which past, they will be listened and I will not put them aside.
Now I only need to find my own. My own way, my own voice. I have to go on with my own feet.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Poeta e O Poema

O amor que acende dois corações, a paixão que atrai duas pessoas.
A vontade de gritar do menino obediente, a tentativa do calar a dor vibrante.
A tradução do que é o escrever o amor sem ter você.
A inteligência do saber acorrentada a ignorância do ser.
Descobrir um dom, um talento, não é simplesmente ser alguém, mas mostrar o que tem.
A lua que toca o mar, o Sol que toca a chuva e traz o arco-íris para levar o poeta ao poema perdido.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sonhar, Libertar e Viver

Realizações, sonhos, desejos, súplicas... Sonhe!
Tudo o que dependemos de outrem, pois sem o suporte das pessoas que amamos e estão em nossa volta não é possível ao menos sonhar.
Temos que apenas buscar, não é suficiente esperar, às vezes é necessário agir.
Libertar, ser, realizar, ter... Liberte!
Se não lutamos para conseguir o que queremos, se não libertarmos o que há de bom dentro nós, como conseguiremos tornar o sonho realidade?
O sonho cria-se numa mente liberta para poder ser livre. Um sonho numa mente presa é um pesadelo, um sonho inalcançável.
Sonhe! Liberte! Viva!
Seja feliz nesse dia ensolarado. Afinal, quando será que o sol vai brilhar novamente?
PS: Lembre-se, por mais que esteja chovendo, o sol estará sempre ali.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Liberdade Sufocada

Aonde o vento chega é o limite da atmosfera, o ar que inunda a Terra é barrado nos mais altos céus.
Uma criança que chora, um adulto que reclama, um idoso que murmura...
A paz, ela pode habitar no tumulto e no silêncio, quem tem de aceitá-la é o coração, o que está em mim e em você.
É aquele coração sedento de novas experiências, buscando razões diferentes para bater. O coração que sorri e chora pela saciação e pela fome de viver.
A vida, um circuito que começa e não tem data para acabar, um produto infinito com validade indeterminada.
A vida! A liberdade!
Liberdade, aquela que você olha nos olhos do prisioneiro que é livre de seus preceitos e julgamentos. Liberdade, aquela que você vê na pessoa mais insegura andando livremente pela rua.
A liberdade sufocada está atrás de uma cela, seja nas mãos do prisioneiro ou nos olhos do inseguro.
A liberdade não é tão livre como a verdade e nem tão retraída como a angústia, mas ela é sufocada pelo choro da criança, pela reclamação do adulto e pelo murmurio do idoso.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Olhar

Olhar! Aquele que me atraiu em você, aquele que traiu a minha mente por você. Foi assim, o meu primeiro olhar para você.
Numa dança desdançada, nossos olhares se encontram e nossos sorrisos se atraem. E um primeiro encontro não marcado é embalado a beijos e abraços, desejos explícitos por nossos lábios.
Uma ligação, uma mensagem, uma palavra, uma razão...
O que tudo parece ser um, multiplica-se: mensagens em textos, palavras em sentimentos e a razão em emoção.
Rendimentos de olhares, carinhos, elogios, atenção, entrega sem pedido, às vezes parecem um encanto, até o meu humilde ser deparar-se com os sentimentos mais puros e sinceros, e perceber que você liberta-me e faz com que eu sinta o que os apaixonados sentem.
Pouco tempo faz, mas existe um tempo determinado para entregar-se?
Para mim, o tempo é agora, quem nos garante o amanhã?
Eu não quero partir sem te beijar e dizer o que sinto. Eu não quero partir...